A meditação se desenvolveu ao longo de muitos séculos em diversas tradições filosóficas, abrangendo muitas culturas, cada qual com diversas técnicas. Por isso, encontramos muitas técnicas meditativas.
A mais antiga evidência escrita sobre a meditação aparece em antigos textos hindus conhecidos como Vedas, ligado a tradição iogue.
Por meio da meditação atinge-se o mais elevado objetivo do Yoga e do ser humano – Moksha, a libertação. Atingir um estado de independência interior, pacificado, amplo e sem dualidades.
O grande filósofo Sócrates (470 - 399 a.C ), acreditava que a reflexão pessoal e a meditação eram as maiores fontes de sabedoria: “Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o universo”.
Conhecendo nossos pensamentos e emoções é mais fácil observar o que nos inquieta e o que nos tranquiliza.
Nós, seres humanos, somos capazes de ter cerca de 70 mil pensamentos por dia, e segundo neurocientistas, esse número é apenas uma estimativa. Com essa agitação toda, acalmar esses ruídos internos e constantes já era orientado pelos antigos mestres hindus.
Segundo Swami Sivananda Saraswati (1887-1963), meditar é atravessar a escuridão. “A vida de hoje é cheia de estresse e irritação, de paixão e pressa. Se a pessoa praticar alguns princípios do yoga como a meditação, poderá equipar-se melhor para encontrar sua complexa existência”.
Meditação é uma prática bastante antiga e tem ajudado muitas pessoas a se sentirem melhor, felizes e em paz, independente da forma de meditar, idade, sexo ou raça. Seus benefícios para a mente e para o corpo já foram comprovados pelas maiores universidades do mundo como a de Harvard Medical School, Instituto de Neuroimagem da Alemanha e a Universidade de Massachussets.
Meditar não é livrar a mente de todos os pensamentos, esvaziar a mente e ficar desconcentrado como algumas pessoas acham.
Meditar é mais do que ficar com a coluna ereta, é se desapegar do tempo e viver a experiência única.
Iniciamos nos concentrando (Dharana), tentando controlar as flutuações da mente e esse estado pode se tornar “um fio contínuo”, onde as dualidades entre corpo e mente desaparece.
Quando a consciência mantém essa atenção sem alterar a intensidade do “fio contínuo” da conscientização, então Dharana se torna Dhyana, ou o estado de meditação.
É uma forma natural de combater o estresse, as aflições diárias, tensões e medos que são grandes causadores de problemas físicos. A arte da meditação reduz a pressão arterial alta, dores crônicas, sintomas agudos de tensão pré- menstrual, melhora as capacidades cognitivas, a criatividade, aprendizado e memória.
Através da disciplina mental, desenvolvida com a prática, obtemos uma estabilidade que nos leva a uma expansão da consciência.
A meditação é um relacionamento entre você, sua atenção e seus pensamentos. Há dias mais fáceis e outros mais exigentes, mas sempre contínuo.
Os efeitos da meditação despertam, cada vez mais, o interesse da área de saúde sendo utilizada como coadjuvante no tratamento de muitas doenças graves geradas por estresse (ansiedade e depressão) e as pressões do cotidiano.
Pesquisas comprovaram que a meditação tem efeitos positivos sobre o cérebro. Quanto mais se medita, mais fortes se tornam as melhoras cerebrais, por isso a importância da regularidade. O cérebro utiliza a meditação para fazer novas conexões e quando a mente se acalma o corpo o acompanha.
No Laboratório de Neuroimagem da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, descobriram que quem medita há bastante tempo tem um córtex mais “giroscópico”, que lhe permite processar informações e tomar decisões mais rapidamente do que os nãos praticantes de meditação.
Segundo a tradição do Yoga, ao adentrar o caminho da meditação, o indivíduo conhece sua essência mais profunda, passando por diferentes camadas da consciência do ser, desde o corpo físico denso e palpável até a fonte de toda criação e Ser Universal.
Medite! Experimente! Explore-se! Conheça-se! Ilumine-se!